Saturday, May 30, 2009

S. Martinho de Tibães: o esplendor de uma comunidade cristã




O bispo auxiliar de Braga afirmou hoje, em Mire de Tibães, que o afastamento dos jovens da Igreja é da responsabilidade dos adultos que têm sido "incapazes de transmitir a beleza e o amor do cristianismo" aos mais novos. D. António Couto respondia a uma pergunta dos adolescentes da catequese, durante um encontro que teve com eles antes de encerrar a visita pastoral a S. Martinho de Mire de Tibães onde administrou o sacramento da Confirmação a 42 jovens.

Destes jovens, 24 pertencem à paróquia de Mire de Tibães, e os restantes fizeram uma caminhada específica em cinco paróquias vizinhas (Padim da Graça, Merelim (S. Pedro e S. Paio), Panoias e Parada de Tibães.

Esta Comunidade paroquial mostrou ontem todo o seu carinho e amor ao construir um tapete colorido entre o Cruzeiro e a Igreja do Mosteiro de Tibães — com toda a sumptuosidade da sua talha barroca — para receber o bispo auxiliar de Braga no encerramento da visita pastoral iniciada na sexta-feira com o encontro dos idosos e doentes e a realização da Assembleia paroquial.

À porta principal do templo estava — desenhado com grãos de arroz e de milho — a pomba que simboliza o Espírito Santo, tendo o cortejo envolvido as forças vivas da paróquia, desde as confrarias aos escuteiros, enquanto o Grupo coral esperava dentro da Igreja para iniciar o Cântico de Entrada para a celebração do Pentecostes.


Antes da Celebração solene da Eucaristia, D. António Couto esteve primeiro com os mais novos da Catequese onde satisfez a curiosidade dos miúdos que lhe fizeram perguntas sobre a sua vida e o que significava a "bola" — flor de amendoeira — que tinha na cruz peitoral e como escolheu esta vida de Bispo. O Bispo explicou que a amendoeira é a única planta que floresce no Inverno e constitui um símbolo da esperança, essa "menininha que tem sempre e só nove anos", citando um teólogo francês.

No segundo encontro da tarde, com os mais crescidos, as perguntas foram mais profundas, depois de D. António Couto os ter desafiado a "abrir caminhos novos para este mundo velho" através da "capacidade de não concordar" com a imagem de uma Igreja antiquada que é transmitida pela comunicação social ou na escola.

Quase no fim da sessão de perguntas, um dos jovens perguntou a D. António qual a explicação para os jovens se afastarem da Igreja. O bispo auxiliar de Braga respondeu com uma história da sua vida, quando se encontrou com um casal judeu e este lhe dizia: "se um dia os meus filhos não seguirem a minha religião (judeísmo), a culpa não é deles, é da nossa incapacidade em lhes transmitirmos a beleza da nossa religião".


temos sido incapazes de transmitir aos jovens a beleza e o amor da nossa religião e de Cristo. O nosso testemunho falha". Nesse sentido, o prelado desafiou os jovens a perderem o "medo de arriscar a vida por um amor verdadeiro. Tudo o que for feito por amor verdadeiro vale a pena fazer", dando os exemplos de Cristo, S. Bento, S. Francisco Xavier ou Madre Teresa de Calcutá.

Depois de apontar estes exemplos, D. António Couto desafiou os adolescentes que o ouviam a que "
não tenhais medo de empenhar a vossa vida, para não ficar de braços cruzados ou ficar à espera que alguém faça".

ORGULHOSA
DA SUA
HISTÓRIA


D. António Couto foi acolhido por uma comunidade "
orgulhosa da sua História" — como destaca o padre Luís Gonzaga, uma vez que "o Mosteiro marca sua identidade" e sabe "conjugar a história da vida monástica com uma vivência eclesial com esta dimensão artística".

Aliás, foi nesse sentido o apelo deixado na sexta~feira à noite, na Assembleia paroquial, por D. António Couto: "
fazer todas as coisas com simplicidade e profundidade", a começar numa maior participação dos pais nas actividades da catequese frequentada por 250 crianças, orientadas por 17 catequistas.

"
A catequese, diz o pároco, é a menor parte da formação religiosa pois a participação dos pais é o caminho necessário para aprofundar a iniciação à vida cristã". Daí que os pais sejam convidados a participar em reuniões trimestrais porque é "importante para as crianças saber que os pais também estão em formação".

A Catequese é feita às sextas-feiras e aos sábados, em dois pólos, no Mosteiro e nas salas existentes na Capela da Senhora do Ó. A diferenciação de horários permite que, sendo insuficientes, as salas permitam dar resposta às necessidades.
Para os adolescentes e jovens, a Comunidade dispõe de um agrupamento de Escuteiros — CNE — com várias décadas de existência e cerca de 40 elementos, cuja sede é nas instalações da Casa do Povo — ao fundo da recta para Ruães.



DOS JOVENS
À J. O. C.


Outra força da juventude é o Grupo de Jovens, fundado há 22 anos, com 17 elementos, reforçado com um grupo da Juventude Operária Católica (JOC) para mais crescidos, com mais de meia dúzia de militantes e uma dúzia na fase de iniciação, desde há dois anos, numa comunidade onde ainda existem também militantes da LOC.

Também a pastoral familiar tem uma alavanca visível, através de meia dúzia de casais. Tudo começou com um Curso de Preparação para o matrimónio e a actividade prolonga-se agora no trabalho de preparação para o Baptismo.

Dois grupos corais animam as celebrações litúrgicas, um na Igreja do Mosteiro e outro na Capela da senhora do Ó. O da Igreja tem muita tradição, animada pelas 35 vozes, com ensaios regulares nas noites de sexta-feira e o segundo é mais pequeno, ensaia às quintas-feiras e é constituído por vinte vozes.

S. Martinho de Mire de Tibães é uma comunidade participativa como se nota nas festas que celebra ao longo do ano, a começar na de Nossa Senhora do Ó, no primeiro domingo de Maio. Mas quem não conhece a festa do Cerco, a S. Sebastião, no primeiro domingo de Agosto, ou então a festa da Senhora da Cabeça, no alto do Monte de S. Filipe, no segundo Domingo de Julho, que atraem romeiros das freguesias vizinhas?



A CRUZ
DAS FAMÍLIAS
É ALEGRIA
PASCAL


O presépio movimentado é o coração da festa do Natal que os jovens de Mire de Tibães vivem com enorme empenho e dedicação que atrai milhares de pessoas a Tibães naquela quadra cuja alegria festiva se equipara também ao Tríduo pascal a "crescer e a afirmar-se como momento importante da vida da Comunidade" — reconhece o Padre Luis Gonzaga.

Outro momento de grande fôlego é a entrega da cruz pascal, no primeiro domingo de Fevereiro, ás cinco famílias que vão organizar o compasso da visita pascal. É uma tradição bem bonita. Seguindo o livro de assento dos matrimónios, — vai nos anos de 1977 ou 1978 — são escolhidos os cinco casais que ficam com a Cruz. Boa parte aceita, a não ser por razões válidas como estar de luto oupor dificuldades económicas, mas vivem a entrega da Cruz como acontecimento familiar de grande importância porque permite o reencontro da família ou até fazer a festa que não foi possível fazer no dia do Casamento. É uma tradição muito comprometedora e com muita vida" — diz o nosso interlocutor.

Outro momento festivo é o dia do Padroeiro — S. Martinho — celebrado em parceria com o Mosteiro e com a Junta de Freguesia, marcado sempre por um "momento cultural de grande relevo e muito forte" como se pode ver pelos concertos que ali se têm realizado. Nos últimos anos, um deles foi o Réquiem de Mozart.

No capítulo das Confrarias, a mais antiga é a Da senhora do Rosário e mais recente é a da Senhora do Ó que coexistem com uma associação de fiéis de Nossa senhora da cabeça que zela e cuida da capela de S. Filipe e dinamiza a celebração de uma eucaristia no último domingo do mês.



MULHERES
MOVIMENTAM-SE


A acção social está confiada a esse extraordinário empenho das Mulheres em Movimento — projecto que nasceu em 2001 para cuidar dos idosos e se lançou na construção do Centro Social Paroquial, apoiado pelo programa PARES, em fase de conclusão e deve entrar em funcionamento no último trimestre deste ano, como lar para 15 idosos, centro de dia para 30 pessoas e apoio domiciliário a mais trinta idosos. Além do trabalho, "Mulheres em movimento" despertou a comunidade paroquial para a unidade de esforços e participação, empenhando as pessoas na angariação de fundos e mobilizando as 800 famílias para o sorteio que se realiza em Agosto.

O padre Luís Gonzaga reconhece que existe alguma urgência de obras apenas na Capela de Nossa senhora do Ó, especialmente o "seu retábulo, com uma degradação muito grande e começa a ser uma urgência o seu restauro".

O pároco elogia o relacionamento com o Mosteiro pois "estamos profundamente implicados, em autonomia e em colaboração muito grande, desde a Direcção até aos funcionários que vivem o Mosteiro como ponto aglomerador da identidade desta comunidade".

Astronomia num minuto: 140 respostas para todos




Numa edição da Opera Omnia, acaba de ser lançada uma obra fundamental para aqueles que querem saber um pouco mais sobre o universo, com o título "Astronomia num minuto — 140 perguntas e respostas", formuladas por João Vieira e Jorge Fonte como se fossem "aperitivos científicos" para saborear um "repasto maior, ou seja, o de aprofundar cada uma das temáticas".

Com uma capa sugestiva a convidar-nos a entrar no coração de uma galáxia, os leitores encontram respostas simples e directas a 140 perguntas mais comuns sobre o universo fascinante das estrelas, dos cometas, dos planetas, satélites e cometas, sempre acompanhadas de belas fotos, ao longo de 90 páginas que nos fazem viajar para além da nossa galáxia.


Os autores propõem-se, com esta obra da editora vimaranense de José Manuel Costa, falar de astronomia num minuto, o que se afigura difícil ou mesmo impossível face aos conhecimentos sedimentados ao longo de milhares de anos, desde Aristóteles a Copérnico, passando por Kepler, Galileu ou Newton, sem esquecer os avanços conseguidos nas últimas décadas. Mais complexo se torna se olharmos para um assunto que envolve escalas temporais cósmicas a começar pela idade do Universo com quase 14 mil milhões de anos, ou a idade do sol com cinco milhões de anos.

Como se vê, é um desafio a que João Vieira e Jorge Fonte — professores mestres em ensino de astronomia — procura responder tratando os assuntos "com interesse e para interesse de todos", sem esquecer a história da astronomia nem os seus actores, os astrónomos, deixando sementes que podem "frutificar em muitos, em particular nos mais jovens".

O livro assinala o Ano Internacional da Astronomia (AIA2009) e dá corpo à integração do Minho nessa imensa cadeia que é a maior rede de divulgação astronómica e científica que alguma vez se montou, num "esforço à escala planetária que envolve milhares de pessoas a trabalhar para levar a astronomia a milhões
" — conforme sublinha o coordenador nacional do AIA 2009, no prefácio deste livro.

"Astronomia num minuto" é uma compilação de textos jornalísticos e radiofónicos que cumpre o objectivo de divulgar a Astronomia de uma forma simples e eficaz" — assegura João Fernandes que destaca esta iniciativa da Sociedade Científica de Astronomia do Minho (Orion) classificada como "entidade marcante e importante na divulgação da ciência em Portugal, em particular no Norte do país".

Para os autores, João Vieira e Jorge Fonte, esta obra pretende ser um "manancial de informação e um suporte didáctico que, usado de forma correcta, se torna uma mais valia como ferramenta facilmente acessível e utilizável no ensino das ciências", tendo nascido para "dar resposta às questões que, nas actividades de Astronomia de Verão em em várias escolas, foram colocadas aos autores por alguns professores, alunos e outros curiosos do tema".

Para aqueles que acompanham diariamente as e missões da Rádio Antena Minho e as edições do jornal Correio do Minho, este livro não constitui uma surpresa mas é a confirmação da utilidade e do seu interesse, dada a linguagem simples que torna a imensidão do universo acessível a todos.

Para os outros, este livro dos dois professores do ensino secundário constitui uma bonita surpresa, quer pela qualidade da edição (traduzida no papel e nas fotografias) quer pelo alcance dos seus conteúdos, a começar pela imponente capa de Alexandre Fernandes sobre uma fotografia de uma galáxia, da Agência Espacial Europeia (ESA).



OS AUTORES

António Jorge Fonte é licenciado em Ciências Físico-Químicas pela Universidade do Minho e Mestre em ensino da Astronomia pela Universidade do Porto e participou já em diversas iniciativas do projecto Ciência Viva, para além de ter coordenado o projecto Astronomia na Internet.

Com João Vieira dirige a Sociedade Científica de Astronomia do Minho (ORION), com sede em Gualtar, Braga, participando em regulares acções de divulgação da astronomia nas escolas e na formação de professores nas áreas da Internet, Física e Astronomia.

João Paulo Vieira, professor e licenciado em arquitectura e dedica-se à astronomia desde 1985, tendo formado o Núcleo de Astronomia de Barcelinhos.

Desde 1998 é monitor do programa Astronomia no Verão, coordenou diversos programas "Ciência Viva" e em 200a concluiu o Mestrado em Ensino da Astronomia. É presidente da ORION e director do Observatório Astronómico de Gualtar, além de ser coordenador nacional do Kit do astrónomo para o AIA 2009 e ter escrito diversos artigos científicos e ser formador creditado nestas áreas.

A formação e exercício pedagógico destas matérias constitui outra das mais-valias desta obra.
A editora de José Manuel Costa (www.operaomnia.pt) tem optado pelo lançamento de escritores e autores minhotos, como Teófilo Carneiro, Fernando Pinheiro, Cláudio Lima, Alfredo Pimenta António Manuel Couto Viana, Camilo Castelo Branco e Pedro Seromenho.

Saturday, May 23, 2009

Padim (cheia) de Graça mostra-se a D. António Couto

O Bispo Auxiliar de Braga, D. António Couto, confirma na Fé, hoje, às 10,30 horas, 18 jovens na Eucaristia solene que culmina a visita pastoral à comunidade paroquial de Padim da Graça iniciada na passada sexta-feira com a Unção dos doentes e uma assembleia Paroquial. O padre José Figueiredo de Sousa apresenta ao prelado uma comunidade cheia de vida sob a protecção da Senhora da Graça.

A presença de D. António Couto iniciou-se na sexta-feira, ao fim da tarde, com a Missa para os doentes e idosos e administração da santa Unção, seguindo-se um encontro com os crismandos.

A noite de sexta-feira foi animada pela realização de uma Assembleia paroquial com todos os movimentos de apostolado e outros fiéis interessados na vida pastoral.

Ao longo destes dias, o bispo auxiliar pode conhecer uma comunidade instalada na margem esquerda do rio Cávado, dotada de uma forte componente associativa nos mais diversos domínios, desde o desporto á cultural e solidariedade, que se traduz numa forte dinâmica pastoral, alicerçada na catequese, num grupo de Jovens "Nova Luz" e num agrupamento de Escuteiros, animada por três grupos corais.

O património religioso está em bom estado de conservação, tendo a Igreja paroquial recebido um telhado novo há pouco tempo, para além de ver o seu interior renovado cm o restauro de toda a sua talha. O outro pólo de culto, a Capela de Nossa senhora da Graça pode vir a precisar de uma substituição do telhado e renovação da instalação eléctrica, mas não são necessidades urgentes.

Quanto a espaços para a actividade pastoral, a residência paroquial — sem perder a capacidade para acolher um padre ali residente — viu alguns dos seus espaços reaproveitados para salas de catequese e para sede dos Escuteiros, bem como uma sala para assembleias maiores.




Também o adro foi recentemente qualificado, numa intervenção da Junta de Freguesia com apoio da Câmara Municipal de Braga que dotou a "sala de visitas" de Padim da Graça de um espaço alindado e com parque de estacionamento.

A capela mortuária, além de ser pequena, é pouco agradável para um velório uma vez que é demasiado quente no Verão e muito fria no Inverno. O projecto de requalificação do adro incluía uma nova capela mortuária e é bem possível que este investimento seja concretizado a curto prazo.

A comunidade tem as suas festas maiores à Senhora da Graça, um cartaz da religiosidade desta paróquia, e ao padroeiro S. Adrião, heranças de uma comunidade agrícola que hoje vive em grande parte com trabalho nos serviços e nas indústrias que enchem o seu parque industrial.
Nos seus campos ainda se encontram vestígios da presença do trabalho da comunidade beneditina de Tibães, entre eles o aqueduto construído em granito para aproveitamento das águas do rio Cávado para a irrigação dos campos.




Ainda a conhecer os "cantos à casa", uma vez que assumiu o serviço a esta comunidade em Outubro passado, o padre José Figueiredo de Sousa sabe que a ruralidade da sua comunidade se esbateu e preocupa-se com a crise económica que já atingiu algumas empresas instaladas no parque industrital, não escondendo os seus "receios quanto ao futuro" dos seus 1700 habitantes.

Isso não o impede de falar com entusiasmo sobre esta comunidade paroquial que o padre Costa Araújo (e antes o grande musicólogo Mendes de Carvalho) lhe deixou, com os dois centros de culto na capela da Senhora da Graça e na Igreja paroquial, onde é celebrada Missa aos domingos, 9,45 e 8,30 horas, respectivamente.

No que se refere às forças vivas, o padre José Figueiredo Sousa destaca a Confraria de Nossa senhora da Graça, com cerca de quatro mil irmãos, sedeada na capela com o mesmo nome e cuja administração e conservação lhe pertence. Destaca também a Associação da Senhora da cabeça, em fase de renovação, a qual alude a uma tradição bem bonita de Padim da Graça e de outros freguesias que organizavam uma procissão, rotativamente, até ao Monte de S. Filipe, em cuja capela está a imagem da Senhora da Cabeça.

Outra força da pastoral reside no Movimento de Renovação carismática que reúne todas as quartas- feiras com a participação de duas dezenas de pessoas.

Além destas duas associações de fiéis existem duas dinâmicas Comissões de Festas, uma para a Senhora da Graça, que se realiza no Domingo de Pascoela e se assume como a maior festa do vale do Cávado, ao longo de três dias, com uma fortíssima componente religiosa. A procissão de velas e os actos religiosos (com particular singularidade para a batalha das flores com que se assinala a despedida da Senhora) continuam a registar uma surpreendente participação das pessoas de Padim da graça e de freguesias vizinhas.

A outra Comissão de Festas encarrega-se do programa e angariação de verbas necessárias para a festa do Padroeiro, S. Adrião, no fim-de-semana a seguir ao dia 8 de Setembro, mas existem outros grupos organizados como a Conferência Vicentina, com um núcleo de uma dezena de pessoas cujo momento alto é a distribuição de cabazes de Natal e o acompanhamento e recolha de informação sobre situações de maior pobreza e o seu encaminhamento para outras instituições, como a Caritas ou o Banco Alimentar contra a Fome.

Outro momento grande da vida da comunidade é o Lausperene, no próximo fim-de-semana, com adoração nocturna do santíssimo Sacramento, a iniciar sábado com a Eucaristia às 20,30 horas e o encerramento às 19 horas de Domingo, com uma procissão do Santíssimo sacramento até ao Cruzeiro.

A primeira comunhão acontece na Festa do Corpo de Deus enquanto a festa da Comunhão Solene ocorre na primeira semana de Julho.




Todas esta dinâmica pastoral começa cedo, com a catequese que é frequentada por mais de 160 crianças, orientadas por 17 catequistas, com o curso elementar ministrado na Zona Pastoral, sendo a maioria delas gente nova.

A catequese é ministrada aos sábados, em diferentes horas, de modo a permitir o aproveitamento pleno das salas disponíveis na residência paroquial, em que metade do espaço foi renovado para acolher actividades pastorais, desde a catequese à sede do grupo de Escuteiros e uma sala para reuniões maiores, como é o caso da antiga adega onde ensaia o grupo coral da paróquia (adultos).
As salas são boas e com espaços razoáveis.

Depois da catequese, os jovens continuam a sua formação religiosa no Grupo de Jovens "Nova Luz" inserido no movimento dos "Jovens em Caminhada", com o seu plano de actividades que inclui caminhadas, reuniões de reflexão e outras actividades como festivais, animação de festas para os idosos, etc. "É um grupo que está muito bem organizado" — reconhece o padre José Figueiredo Sousa, apontando ainda a participação deste grupo na animação musical das Eucaristias da paróquia, duas vezes por mês.

Pilar forte da educação juvenil de Padim da Graça é o seu Agrupamento de Escuteiros, com 70 elementos, com destaque para as secções de Lobitos (vinte elementos) e Exploradores (32 jovens). Fundado em 1974, a sua sede é no edifício destinado a residência paroquial que acolhe grande parte das actividades pastorais da paróquia.



No capítulo das celebrações litúrgicas, estas contam com a animação musical de três grupos corais, um infantil, outro juvenil e o coro Paroquial, o maior com cerca de quarenta vozes que animam as eucaristias no primeiro e terceiro domingos de cada mês na Igreja paroquial. Com ensaios aos sábados, à noite, o grupo possui tradições musicais que lhe vêm do tempo em que o pároco era o padre Mendes de Carvalho.

O coro infantil é um prolongamento da catequese, com os seus quinze elementos, que anima as eucaristias da Igreja (quarto domingo) e da Capela da Senhora da Graça (3.º domingo).

Por sua vez, o coro juvenil, nascido a partir do Grupo de Jovens Nova Luz anima, com a sua dezena de vozes e instrumentos a Missa dos segundos domingos de cada mês na Igreja paroquial.

Wednesday, May 20, 2009

Arte Total… porque a dança toca todas as áreas do conhecimento



Com cerca de 760 alunos, no Mercado Cultural do Carandá e em outras escolas e infantários, a Arte Total assume-se cada vez mais como “a” estrutura bracarense especializada na formação artística e divulgação das artes do espectáculo.
Porque as crianças gostam de dançar, explica a direcora executiva e produtora Joana Domingues, a equipa da Arte Total está sempre disponível para se deslocar às escolas e infantários, a partir da sede, onde diariamente frequentam as aulas 245 alunos.

Cada vez mais os encarregados de educação, fruto do trabalho de 15 anos, assumem que a “dança toca todas as áreas do conhecimento e faz crescer as crianças de maneira mais saúdável, ao nível físico, criativo e cognitivo” — garante Joana Domingues, explicando, por exemplo, que a Matemática é dinamizada para ensinar movimentos de dança, acrescida dos ateliers de ciências e de artes.

Por outro lado, acrescenta Cristina Mendanha, directora artística e pedagógica, “faz crescer em hamornia porque toca em todas as áreas de forma equilibrada” de uma forma agradável porque “as crianças gostam de dançar”.
A capacidade de trabalhar que “lhes conseguimos incutir traduz-se nas outras áreas da escola e são sempre excelentes alunos”.

Joana Domingues sustenta que “a dança funciona como estímulo para o sucesso escolar e há muitos pais que colocam aqui as crianças precisamente por isso”.

Com protocolos celebrados com as Juntas de Freguesia e infantários, as formadoras da Arte Total levam as artes do espectáculo a mais de vinte estabelecimentos de ensino de Braga e outros concelhos, como Vila Verde e Póvoa de Lanhoso.
O corpo docente pluridisciplinar é constituído por quatro professores de dança criativa e clássica, mais um docente para cada uma das outras especialidades: dança contemporânea, Ioga, danças latinas, teatro.

Sabendo-se que a dança está muito ligada ao teatro, a Academia não esquece também as novas tecnologias e o apoio à formação.



Dos alunos da Arte Total, há uma pequena parte que chega a fazer da dança a sua actividade profissional e “já temos alguns alunos a trabalhar profissionalmente. É verdade que são poucos, porque é uma actividade muito exigente mas há outras áreas em que podem trabalhar profissionalmente, como no ensino e outras áreas do teatro e técnicas relacionadas com a dança”.

Da Arte Total sairam já duas bailarinas profissionais, o que é bom para as nossas interlocutoras que estão de acordo com os novos objectivos do Ministério da educação para o ensino artístico que “tem que fazer parte do ensino obrigatório”.

Admitindo que a maneira como está a ser implementado pode criar alguns problemas de qualidade, a começar pelos professores que estão a dar essas aulas.

Alicerçada num protocolo quadrianual com o Ministério da Cultura — inalcansável no início da escola —, desde 1998, estão criadas algumas condições que permitem a dinamização de espectáculos com qualidade maior.


Para Julho e Dezembro, a Arte Total está a preparar dois ateliers de artes e ciências para crianças, o primeiro sobre as comunicações e o segundo sobre a luz. Estes ateliers encerram com um espectáculo que resultad do trabalho dos formandos.
A agenda da Arte Total inclui também espectáculo em escolas e infantários de Braga e Póvoa de Lanhoso nos meses de Junho e de Julho.
Quanto ao contrato programa para os próximos quatro anos, o projecto está a ser elaborado, para ser apresentado ainda este Verão, mas o “trabalho de formação de base e de públicos mantém-se. Ainda está muito por fazer em Braga e temos de continuar a formar públicos”.



16 ANOS A CRIAR PÚBLICO PARA A DANÇA

Celebrados 16 anos em Dezembro, foi possível a Cristina Mendanha e Joana Rodrigues ficarem elas próprias surpreendidas com tudo o que consgeuiram ao longo de década e meia.

O que nos espantou foi a quantidade de coisas que nós já fizemos na ecsola, quer em aulas, quer pelos alunos e projectos que desenvolvemos” — disse Joana Domingues.

Além de dois bailarinos, nascidos na Arte Total, a academia “criou” dois professores e criamos um imenso público para a dança e para as outras artes em Braga. Os nossos espectáculos são muito frequentados. Foi uma grande recompensa”.

A celebraçãodo aniversário permitiu ver tantos alunos e verificar que “eles se lembram de nós, continuam a gostar da dança e tinham saudades da Arte Total. Valeu muito a dança ter ficado como uma marca boa na vida deles” — prossegue Cristina Mendanha.

Actualmente, a Arte Total continua de portas abertas no Mercado Cultural do Carandá, com os seus cursos de iniciação em várias modalidades, desde cursos anuais (dança, artes artísticas e teatro) e cursos de curta duração que tanto podem ser de um dia ou de uma semana, abertos a crianças e adultos, desde iniciação a especialização, mesmos na sférias lectivas ou fins-de-semana.

A Arte Total não faz pré-selecção dos alunos, a não ser que venham de outra ecsola, apenas para avaliar o nível de preparação.

A adesão dos bracarenses à oferta da Arte Total tem sido muito boa em todos os escalões e está a desfazer-se o errado mito de que a dança é só para raparigas.

“Os adultos é que pensam assim. Quando vamos para for a, isso não se nota e há tantos rapazes como raparigas. É um problema cultural que nós estamos a tentar ultrapassar com professores masculinos na nossa escola” — prossegue Cristina Mendanha.

A dança é para todos. É uma injustiça proibí-la aos rapazes. Eles podem fazer e há grandes bailarinos. Em termos físicos, têm mais massa muscular e puxam pela turma e desafiam as raparigas a serem melhores nas danças e em termos técnicos conseguem mais. São verdadeiros atletas” — explica Joana Domingues.

A escola cresceu bastante, as instalações são óptimas e perfeitas. “podíamos ter mais salas que nós ocupávamo-las mas a tendência é dar mais aulas fora, nas escolas”, assegura Joana Domingues que alude também a outra cooperação importante para a ecsola.

Estamos a falar do contrato-programa celebrado com a Câmara Municipal de Braga, mediante o qual a Arte Total oferece 65 bolsas de estudo integrais, anualmente para crianças seleccionadas por carências económicas.

No âmbito dessa cooperação, a Arte Total apoia as escolas escolhidas pela Câmara Municipal com aulas gratuitas e realiza espectáculos sempre que a autarquia necessita.

Para o crescimento da escola e da dança em Braga, não há dúvifda que a formação de professores feita na Universidade do Minho e dos educadores foi determinante na maneira como a dança é vista agora. As acções ali realizadas foram muito importantes para a dança porque os novos professores foram instrumentos e aliados nossos muito bons”.

Em contrapartida, a Arte Total reconhece que os novos professores ficaram a saber como funciona o ensino da dança e presta apoio aos professores através de estágios.

A evolução da dança

A pedagogia e a didáctica da dança evoluiram muito, em resultado da filosofia de massificação das artes, no modo como se ensina e face à nova filosofia que sustenta a educação, em que o teatro e a dança estão interligados.

Fazemos um grande esforço para isso acontecer. A arte tem de evoluir e a dança evoluiu muito” e é nessa perspectiva que Joana Domingues introduz um novo elemento na conversa: “gostávamos de ter obrigações com o Ministério da educação. Temos de esperar pela definição do Ministério em relação ao ensino artístico particular e era importante que o Governo definisse deveres e apoios”.

Esperando por esses dias, a Arte Total continua a comprometer-se com os valores e critérios da Royal Academy of Dance, através da inscrição dos seus professores e da própria escola.

Aliás, a formação dos professores da Arte Total é efectuada por aquela academia e proporciona formação contínua e avaliação dos alunos que inclui o desenho de curriculum e programa desde os 2,5 anos até ao nível profissional.
A ligação da Arte Total àquela academia possibilita à escola bracarense ter apoio e manter-se exigente na actualização, até porque os alunos são avaliados por professores externos oriundos da Royal Academy.

Para manter o sucesso e qualidade das escolas, “as notas dos nossos alunos, constam dos curricula dos professores membros da Royak Academy. Na dança, como vê, a avaliação é normal, desejada e natural. A avaliação tem sido excelente. Podemo-nos orgulhar disso” — conclui Joana Domingues.

Cristina Mendanha assinala a cooperação com inúmeras instituições: “gostamos muito disso, porque é uimportante para a escola e alunos. Propõem outros desafios e fazemos tudo por tudo para lhes dar resposta positiva”.

Joana Domingies dá exemplos de “trabalho coreográfico com pessoas que nunca dançaram o que é um desafio muito interesante para nós, porque são pessoas que têm muita vontade e estão disponíveis para fazer tudo”.

Quando não respondemos positivamente é porque o calendário não permite porque é feito para quatro anos” – conclui Joana Domingues.

S. Pedro de Merelim: crianças e jovens entusiasmam D. António Couto





O Bispo auxiliar de Braga, D. António Couto, não pôde esconder a alegria que lhe proporcionaram as várias canções entoadas pelas crianças e adolescentes da catequese de S. Pedro de Merelim, ao encerrar a visita pastoral a esta paróquia do arciprestado de Braga, no Sábado passado.

Depois de ter presidido à Assembleia paroquial no dia anterior, as forças vivas da actividade pastoral da paróquia demonstraram todo o seu vigor ontem ao fim da tarde numa jornada que culimnou com a celebração festiva da Eucaristia e a administração do Sacramento da Confirmação a vinte e dois jovens.

O padre António Luís Alves de Sousa — o "senhor Reitor" — que serve esta comunidade desde 1999, apesar do frio e chuva que martcaram a tarde de ontem, só pode estar satisfeito com o que viu e viveu. Momentos antes das cerimónias começarem, ele desabafava à nossa reportagem: "face ao que vejo não estou nada descontente com a participação e a vivência religiosa" da população de S. Pedro de Merelim.

Após a chegada, depois de cumprimentado pelo executivo da Junta de Freguesia que o aguardava no adro, D. António Couto foi recebido ao som da fanfarra dos Escuteiros de S. Pedro de Merelim, seguindo depois para o salão paroquial onde mais de cem crianças e catequistas o brindaram com perguntas e com belas canções que o deixaram visivelmente satisfeito, tendo-o manifestado de viva voz várias vezes, face à afinação e à curiosidade dos mais pequenitos.



Após uma entrega de lembranças por parte do secretário da Junta de Freguesia, Francisco Ferrete, entre elas uma monografia sobre a freguesia e um estandarte, o padre António Luís de Sousa explicou os objectivos da visita pastoral e traçou uma breve biografia de D. António Couto, dando o mote para as perguntas que satisfizeram a curiosidade das crianças interessadas em saber mais coisas sobre a vida e missão do Bispo Auxiliar de Braga.

Ao longo de mais de meia hora, o prelado respondeu às perguntas dos miúdos, enquadrados pelas catequistas, numa sessão animada pelas canções, acompanhadas à viola, entoadas por todos.

Estes momentos proporcionados a D. António Couto confirmaram o que ele dissera aos miúdos: "estou a surpreender.me e a ser surpreendido todos os dias". O prelado destacou a força da juventude na paróquia de S. Pedro de Merelim e pediu aos mais pequenos que "sejam a alegria do mundo dos adultos, dando um pouco da vossa alegria aos mais crescidos e aos idosos".

Depois seguiu-se a Eucaristia solene marcada pela administração do Sacramento do Crisma a vinte e dois jovens.
D. António Couto deparou ao longo destes dias com uma comunidade devidamente estruturada, a começar pela catequese que é feita com 170 crianças e adolescentes, seguindo o percurso dos dez catecismos e o plano de actividades traçado para a zona pastoral do Cávado.

A paróquia é servida por um grupo de quase trinta catequistas bem preparadas e disponíveis para acções de formação pedagógica, à medida das suas possibilidades. As sessões e catequese funcionam aos sábados.

Dentro da catequese e com os mais crescidos funciona um grupo coral para animar as Eucaristias. E por falar de música, existe outro grupo coral, constituído por cerca de trinta adultos, que ontem mostrou igualmente o seu valor durante a celebração solene da Eucaristia, acompanhado com um violino e órgão. Os dois grupos corais possuem organistas e existe uma boa colaboração entre ambos, o que é destacado pelo padre António Luís Alves de Sousa.

Para os jovens, a paróquia de S. Pedro de Merelim dispõe daquele que é o "agrupamento mais forte" do núcleo, com a participação de cem adolescentes e jovens,

O Agrupamento foi fundado a 25 de Novembro de 1958, pelo Padre José Alberto Martins Fonseca, pároco de então, tendo sido apoiado por um grupo de jovens, liderados pelo mesmo.

Mais Tarde surgiu o Sector feminino, com Rosa dos Anjos Ferreira, Maria da Conceição Peixoto Rodrigues, Maria de Fátima Azevedo e Aurora do Vale.

Desde a sua Fundação este sempre foi um agrupamento activo que, para além de actividades escutistas, participou também em enumeras actividades de Cultura e Diversão na freguesia.

Algumas dessas actividades extra escutismo são já uma verdadeira tradição, como o Arraial de Sto. António, o Carnaval, o Concurso dos Maios e o Presépio movimentado no Natal.



Quanto aos adultos, a paróquia dispõe de três confrarias em actividade, uma ligada à Capela de S. Brás, com o mesmo nome, cuja actividade mais visível é a festa em honra do seu santo patrono. As confrarias de S. Pedro e da Senhora do Rosário constituem outras duas estruturas de piedade dos fiéis, a que se junta a Associação do Sagrado Coração de Jesus.

No que se refere a festas, a comunidade anima-se especialmente em torno do dia do seu padroeiro, a 29 de Junho, bem como na romaria de S. Brás, nos primeiros dias de Fevereiro, bem como no Natal, com a festa do Menino e o presépio movimentado construído pelo Agrupamento de Escuteiros.

Com espaços suficientes para acolher todas as actividades pastorais, no salão e edifício da residência paroquial, onde "existem salas para tudo o que fazemos e para todos", como salas de catequese e sede para os escuteiros, o padre António Luís não está a pensar em grandes investimentos, sendo sua preocupação apenas o telhado da Igreja e uma pintura exterior do templo.
Quanto á actividade sócio-caritativa, S. Pedro de Merelim beneficia do facto de o "senhor Reitor" ser o assistente da Cáritas de Braga, para a qual encaminha os "poucos casos de necessidade ou pobreza que existem na paróquia".

A comunidade não é imune à crise económica que o país atravessa mas o padre António Luis destaca que "existe ainda nesta comunidade muita solidariedade entre as pessoas, para cuidar das crianças ou dos idosos". De facto, para além da profunda urbanização que a freguesia sofreu nos últimos trinta anos, Merelim, com os seus quase dois mil habitantes, continua a manter as qualidades da ruralidade, com uma forte identidade bairrista, bem visível na dinâmica das suas associações, a começar pelo seu clube de futebol, e um espírito de comunidade vigoroso de que as actividades que giram em torno da Igreja demonstram.

Por outro lado, a religiosidade popular dos seus antepassados está bem patente nos diversos nichos que encontramos ao longo dos caminhos da freguesia, entre os quais o nicho de Coudos, o de S. Bráz do Carmo, ou não tivesse sido uma terra do Couto de Tibães como comprovam alguns dos marcos ainda existentes. A via-sacra moderna construída ao longo do cemitério é outro dos momentos da afirmação da religiosidade dos merelinenses.