Wednesday, January 5, 2011

Tertúlia regressa à rádio Antena Minho


Após uma semana de interregno, por causa da quadra natalícia, a tertúlia "Debaixo d'Arcada" regressa amanhã, às 19 horas, às ondas da Rádio Antena Minho, em 106 MHz.

O balanço de 2010 e uma projecção do ano novo são os temas para amanhã numa conversa em que participam os mais lídimos representantes da democracia, os presidentes de Junta.
São eles,

António Sousa,

presidente da Junta de Freguesia da Sé, eleito pela CDU

Firmino Marques,

presidente de S. Vitor, eleito pela Coligação PSD/CDS/PPM

João Nogueira,

presidente de Gualtar, eleito pelo PS.

O programa é enriquecido com este blogue, onde os nossos leitores ouvintes podem participar, alimentando a interactividade com os nossos comentadores.

No blogue, além de outros assuntos sobre Braga, pode ouvir o programa, se não o pôde escutar à hora em que foi emitido, apesar da sua reemissão, às zero horas de sexta-feira.

Para saber mais, se não teve oportunidade de ouvir os últimos, vá até
http://w3.antena-minho.pt e clique em podcast onde estão os últimos programas.

Liberdade de ensino ou do lucro?



Com a decisão do Governo, através do ministério da Educação, após diálogo dinamizado pela presidência da República, acabou a pior campanha a favor do ensino privado, em especial de algumas escolas ditas católicas.

Em jeito de declaração de interesses, para quem me lê, Deus dá-me a possibilidade de pagar integralmente os meus impostos e, ao mesmo tempo, poder optar por ter os meus gémeos, numa escola privada católica. Não recebem um cêntimo de apoio do Estado, nem subsídio para computadores Magalhães ou quejandos, muito menos cheque dentista. Outra observação. O que escrevo nada tem a ver com as cooperativas de ensino, uma das melhores manisfestações da cidadania e da democracia participativa.

Os meus filhos têm a sorte de aprender a ler, escrever, contar, trabalhar num computador, jogar futebol, ter educação física e natação em piscina coberta e aquecida, aprender inglês e outras actividades sem andar com a mochila de anás para caifás e custam-me – os dois 4.500 euros por ano — 2.250 euros cada um, anualmente. A escola deles é uma das melhores de Portugal e não precisa de publicidade.

Feita a declaração de intereses – só para dizer que sei sobre o que escrevo – vamos ao que interessa ao bolso dos portugueses que pagam impostos.

O Governo garantiu que a verba de 80 080 euros por ano e por turma definida para as escolas privadas com contrato de associação corresponde ao financiamento do ensino público de nível e grau equivalente.

Actualmente existem 93 escolas privadas com contrato de associação, que abrangem um total de 2120 turmas. Multipliquemos 2.120 turmas, por defeito, por vinte alunos.

Por defeito, multipliquemos todos os alunos por 3300 euros, um preço muito acima do custo dos alunos da escola frequentada pelos meus filhotes. Como dizia, o enorme António Guterres, agora é so fazer as contas…

A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular (AEEP) queria 3750 euros por aluno e por ano… em nome de quê? Não era em nome da liberdade de ensino (para os pais e para as crianças).

Só se for em nome do lucro obsceno de alguns proprietários de escolas privadas, quando todos os portugueses são estimulados a gastar menos.

Parece que, muitos deles invocando o santo nome de Deus em vão e outros a constitucional liberdade dos pais, não estão para aí virados.

Não mereciam esta benesse do Estado.

P.S. Foto dos alunos de fotografia da ETAP - V. N. Cerveira

Cozinhar é uma forma de amar os outros



O Porto e Norte de Portugal vão mostrar uma das suas formas de amar quem os visitam até Junho, com os fins-de-semana gastronómicos que começam Domingo em Guimarães e em Montalegre: o bacalhau com broa e o cozido à barrosã a abrir com rabanadas e doce de abóbora a fechar.

A iniciativa foi apresentada no Paço dos Duques de Bragança em Guimarães pelo presidente da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal tendo como lançamento a frase “cozinhar é uma forma de amar os outros, além de outras coisas que não vêm nos livros”.

Numa sessão presidida por Amadeu Portilha, vereador do Turismo de Guimarães, estiveram presentes autarcas representativos dos 72 municípios aderentes (contra 60 em 2010) e cozinheiros, chefes de cozinha de alguns dos mil e cem restaurantes aderentes.

O programa dos fins-de-semana gastronómicos prolonga-se até 5 de Junho, passando pela quase totalidade dos concelhos a Norte do Douro, prolongando assim a iniciativa que se realizava na antiga Região de Turismo do Alto Minho.

Do cardápio fazem parte mais de 140 iguarias diferentes que constam da brochura ontem apresentada, onde, além do calendário, se descrevem as potencialidades turísticas de cada concelho e consta uma lista dos restaurantes aderentes em cada município.

“Queremos dizer ao país, ao mundo, aos vizinhos, aos galegos e aos de Castela e de Leão que não há muitas voltas a dar à cabeça para comer bem todos os fins-de-semana” — começou por lembrar Júlio Meirinhos, vice-presidente da ERTPN.

Júlio Merinhos destacou o elevadíssimo grau de satisfação — 93 por cento — dos turistas que visitam o Porto e Norte de Portugal, para acreditar no sucesso deste programa em que “cada município há-de ter um motivo para captar visitantes pelo estômago e pela boca e as suas riquezas culturais e monumentais”.

Amadeu Portilha lembrou as características do turismo minhoto como a tradição, a descoberta, o degustar, o paladar, a cultura, o entretenimento, o sabor e o acolhimento das pessoas para se confessar confiante no sucesso deste programa.

Aludiu também à criação de 55 lojas turísticas inter-activas que são mais outro elemento inserido na estratégia de dinamização turística deste espaço regional.



O presidente da ERTPN não escondeu o optimismo com que olha para o futuro, porque é “um factor de sucesso, de crescimento económico”, revelando números recentes que apontam a Porto e Norte como a “única região de sucesso em 2010, no investimento, há 17 meses”.

A região “cresceu acima da média nacional em termos de receitas” e é apontada como uma das “dez soluções onde o país dá cartas” — numa citação ao trabalho do semanário Expresso.
Quanto aos fins-de-semna gastronómicos, Melchior Moreira sublinhou que há mais concelhos aderentes que podem ver os seus fluxos turísticos aumentados nas épocas baixas.